"Vou [morrer] de alma lavada. Estou feliz!"

"A herança que vou deixar são minhas idéias, que ninguém rouba, ninguém toma, ninguém compra."

Lucilia.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Abaixo mensagem de Geraldo Barbosa, neto de Alexandre Barbosa, com suas consideraçãoes sobre o livro, "Lucilia - Rosa Vermelha". 

 Prezados Evacira, Luciana, Luiz Alberto, e equipe envolvida na criação de Lucília Rosa Vermelha, 

 Sou parente de Lucília, mas somente a conheci pessoalmente há cerca de dois anos atrás, num memorável dia que passei ouvindo suas histórias. Lucília era sobrinha de minha avó paterna, Candida Rosa, companheira de Alexandre de Souza Barbosa. Recebi uma cópia do livro de voces, como um gentil presente da Marlene Zanqueta Alvares, casada com meu primo Celso Alvares. Na verdade, por ter vivido em diferentes locais, muito pouco contato tive com os parentes de meu pai, Alexande de Amedée Barbosa, filho de Alexandre de Souza Barbosa, e nenhum contato com a família de minha vó Candida Rosa. Somente recentemente voltei a ter contatos com alguns parentes paternos, incluindo a famíla do Celso. Todas informações que posso conseguir, neste "link" familiar faltante, são sempre recebidas ou buscadas com avidez - assim, tentei sorver sofregamente o "Lucília". A leitura do livro de voces, além de trazer muitas informações sobre Lucília e épocas de grandes lutas e instablilidades políticas, com uma miríade de nomes de pessoas que batalharam por ideais de melhoria da condição humana, me provocou uma série de memórias adormecidas e reavivou nomes conhecidos, alguns pessoalmente, outros por proximidades diversas. Uma parte da minha infancia e juventude passei em Uberlandia, dai a existencia dessa proximidade diversa, onde muitos nomes e acontecimentos pertencem à Uberaba e Uberlandia como cidades, de fato, irmãs. Não pretendo me delongar no uso do tempo de voces, mas desejo principlamente expressar meu grande muito obrigado por esta obra de fôlego, que alinhava acontecimentos diversos e complicados, atraves dos pontos da costura tecida pela heroína Lucília. Vi que no livro se encontram também palavras elogiosas ao meu avô Alexandre Barbosa e até fotos dele e de meu pai, que me eram desconhecidas. Sei que a vida de meu avô foi uma epopéia à parte; na verdade daria um belo romance com muitos lances de mistério e também de dor, além do rico aspecto histórico na virada do século 1800/1900. Até eu, que não sou escritor, já me deparei juntando fatos e redigindo algumas linhas num esboço de registrar alguns momentos preciosos da vida do avô. Embora não tenha conhecido meu avô, ele me influenciou por maneiras indiretas e até na minha profissão. Guardo dele, com carinho, alguns poucos livros e alguns outros poucos objetos que a ele pertenceram e que me passaram às mãos talvez por esquecimento de meu pai. Um destes livros, um tratado de Física, foi a semente de minha profissão: Fui Professor Titular na UFMG, por mais de 30 anos e também por uma década, Professor na Northwestern University (Chicago). Não vou citar quantos nomes me foram evocados durante a leitura de "Lucília", mas foram muitos. Poderia até contar pequenas histórias sobre alguns. Há um certo tempo atrás, enviei um pequeno conto ao Plauto Riccioppo, vendo que ele estava juntando material para sua tese. Era uma história bem curta, sobre a Stella Saraiva (Stellina, "nome de guerra"). Está anexa, intitulada "Pinguim", escrita em 2001 para os meus filhos. Novamente, meu muito obrigado. Espero um dia ter a honra de conhece-los pessoalmente. Geraldo Alexandre Barbosa

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